Não se preocupar com coisas sobre as quais não temos controlo
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Não se preocupar com coisas sobre as quais não temos controlo

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Nota: Uso grafia do Acordo Ortográfico de 1990, por exemplo “estoico” (em vez de “estóica”).

Impelido por ver um vídeo do YouTube (em francês) sobre estoicismo, li (em inglês) recentemente "Um guia para a boa vida: A antiga arte da alegria estoica" de William B. Irvine*.

Ele escreve que existem muitos mitos sobre o estoicismo, que não vou dar mais detalhes aqui. Contudo, um dos principais mitos é que os indivíduos que seguem os princípios do estoicismo tentam evitar experimentar as emoções. Como se pode ver pelo título do livro acima, este não é o caso! O estoicismo é, na verdade, uma abordagem que nos ajuda a experimentar emoções menos negativas e mais positivas.

O princípio que mais me marcou ao ler este livro e ver vídeos sobre estoicismo é o poder de reconhecer coisas sobre as quais temos ou não temos controlo. Muitos de nós temos tendência para passar muito tempo a pensar em coisas sobre as quais temos muito pouco ou nenhum controlo, por exemplo o que as outras pessoas pensam, como outra pessoa conduz o seu carro. O que temos controlo é como pensamos sobre as coisas, por exemplo, os objectivos que estabelecemos para nós próprios, que filmes decidimos ver, com que actividades de voluntariado decidimos ajudar.

Deixar o que não posso controlar fez mais espaço de cabeça para os esforços criativos, aprendizagem, planeamento, e outros pensamentos produtivos.

Em resumo, é melhor não se preocupar com coisas sobre as quais se tem controlo zero (ou quase zero). Preocupe-se com coisas sobre as quais tem controlo total ou parcial.

*Irvine é professor de filosofia na Wright State University, nos Estados Unidos.

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