Estes jovens de hoje em dia...
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Estes jovens de hoje em dia...

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É mesmo com muita frequência que se pode ouvir a seguinte queixa proferida pelas pessoas mais idosas: “Estes jovens de hoje em dia”, quando algum representante da geração mais nova dececiona com as suas ações. Porém, o conflito geracional existe desde os alvores dos tempos em cada canto do mundo. O facto de os filhos se revoltarem contra os seus pais é tão normal como o desejo destes de assegurar o melhor futuro para a sua família.

A contestação de certos valores apreciados pela geração anterior é uma etapa formativa na vida dos jovens, já que lhes permite estabelecer o que realmente tem importância para eles. Obviamente, não todas as convicções dos nossos pais dão certo. Por exemplo, na geração dos meus pais não estava bem visto viver com o seu namorado antes de se casar o que podia levar a relacionamentos infelizes; na geração do meus avós, entretanto, não era normal que o homem ajudasse nos trabalhos domésticos. Felizmente, os jovens rebelaram-se contra estes costumes abrindo caminho para o avanço da humanidade.

Por outro lado, a incompreensão entre as gerações repara-se também na música ou na moda. Os jovens preferem os seus ídolos o seu estilo de vestir, visto que estes contribuem a formação da sua identidade e permitem-lhes diferenciar-se. É natural que os pais não aguentem as canções adoradas pelos seus filhos e que digam que são só barulho desprovido de qualquer melodia porque estão acostumados a outros sons. Assim se pensava quando surgiu o rock'n'roll, quando se popularizou o rock ou quando a música eletrónica conquistou as discotecas. O mesmo vale também para a roupa. No fundo, todas essas modas mudaram bastante, sem dúvida, mas não arrasaram o tipo de canções que se ouvia antes nem a vestimenta mais elegante. Afinal, existem coisas atemporais, portanto há pessoas que ouçam música clássica e as que usam um vestido preto popularizado pela Coco Chanel!

Daí, penso que deveríamos estar agradecidos aos jovens por não concordarem com o status quo e quererem lutar por aquilo que importa para eles. Se não, viveríamos num mundo estagnado e aborrecido.

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