1 de outubre
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Recentemente, eu ouvi um episódio de Rádio Novelo Apresenta sobre as linhas de frente. Uma das histórias era de uma mulher que trabalhava para uma rede social na revisão de conteúdo. Seu emprego consiste em revisar os conteúdos que os usuários indicam como ofensivo ou daninho e decidir, primeiro, se é tal coisa e, segunda, a qual categoria pertence. Também se falava sobre o uso da inteligência artificial (IA) para a revisão de conteúdos. Segundo o que eu entendi, a IA ajuda os revisores e eles treinam a IA para poder fazer mais e mais, mas ainda é necessário uma pessoa decidir.

Essa história tem a ver com algo que tenho pensado muito nos últimos meses, especialmente depois do ChatGPT se tornar popular. Nas minhas contas de ciência ficção favorita, a IA substitui os humanos nos piores trabalhos, como o trabalho do que falei antes. Deve nos livrar dos trabalhos repetitivos ou que toma muito tempo para nós dedicarmos mais tempo às tarefas que gostamos. O que acontece na realidade, entretanto, é que esses trabalhos são difíceis de automatizar, e a IA está tomando os trabalhos criativos porque os modelos correntes podem fazer algo isso--gerar textos com base em outros textos ou imagens com base em outras imagens. 

Eu não concordo com esse uso. A arte não é importante porque existe, é importante porque foi criada pelos humanos. Eu vi um post no twitter de algum homem que usou a IA para criar “o resto” da Mona Lisa. Mas a Mona Lisa não é completa e colocar mais trasfondo não a faz melhor ou completada. Aqui nos EUA, vimos algo parecido durante as greves dos atores e escritores. Os estúdios queriam utilizar a IA para substituir eles para pagar menos. Esse uso é o oposto do que eu gostaria de ver--não vai nos livrar para viver vidas mais completas, senão vai ameaçar a habilidade de fazer essas tarefas em geral.

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